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SOBRE A DIVISÃO DO MUNICÍPIO DE ESTREMOZ

  A sessão do parlamento de 26/07/1832 rejeitou a resolução que dividia em duas a freguesia da Vila de Estremoz [1] , porém, o Decreto de 5 de Setembro de 1832 aprovou a divisão da paróquia de Estremoz.De acordo como teor do referido Decreto: A Regência, em Nome do Imperador o Senhor D. Pedro II, Há por bem Sancionar, e Mandar que se execute a seguinte Resolução da Assembleia Geral Legislativa, tomada sobre outra do Conselho Geral da Provincia do Rio Grande do Norte: Art.  1º Que a freguesia da Villa de Estremoz seja dividida em duas, uma, a mesma atual, e outra, na povoação de Porto dos Touros. Art.  2º Que seja a divisão delas do Rio Maxaranguape, principiando da pancada do Mar, e seguindo pelo mesmo acima, até Carnaubinha, que é a sua nascença; e dai procurando em linha reta o Riacho fundo, continue por ele, até a fazenda Lages, ficando a parte de Leste, e Norte para a nova freguesia; e Sul, e Oeste para a atual. Art.  3º Que o Pároco da nova freguesia perceberá as mesmas

ALGUMAS NOTICIAS SOBRE ESTREMOZ

            Em 09/08/1823 uma representação da Câmara de Estremoz chegou até a Repartição dos Negócios do Império onde se queixavam os habitantes   contra o procedimento do Governo Provisório e esperando que com a nova forma de Governo Provincial determinada pela Carta de Lei de 20/10/1823 a qual se achava em execução, que cessassem os males de que se queixavam [1] .       O citado documento não esclarece quais eram as queixas de que se tratava a representação da Câmara de Estremoz.          A sessão do Parlamento brasileiro de 21/06/1826 registrou um oficio do presidente da Provincia do Rio Grande do Norte de 07/02/1826, relativo ao aldeamento dos índios da vila de Estremoz para conhecimento da Câmara [2] .          Havia em 1827 um requerimento para a criação de uma aldeia de índios tirados da vila de Estremoz [3] .          O Diário de Pernambuco exibiu em sua edição de 16/12/1829 um anuncio de venda de 2 léguas de terras no lugar Cururu, no Termo da Vila de Estremoz que seg

DESCRIÇÃO DO MUNICÍPIO DE ESTREMOZ EM 1817

  eis a seguir a descrição do município de Estremoz  em 1817 de acordo com Aires de Casal. Eis como ele descreveu o município de Estremoz: Noutro tempo Guajiru, é vila pequena, bem situada junto a uma lagoa de três léguas de comprido, e meia de largo, obra de dez milhas longe do mar, e outro tanto ao noroeste da capital, ornada com uma igreja matriz, que tem por padroeiros S. Miguel e N. Senhora dos Prazeres. O povo, que a habita, compõe-se de brancos, índios e mestiços, todos agricultores” [1] . Ainda segundo o referido autor no termo de Estremoz, na costa do norte, junto à embocadura duma ribeira, estava situada a “medíocre, aprazível e florescente povoação dos Touros, habitada de brancos, e ornada com uma Capela do Senhor Jesus dos Navegantes” [2] . Daquele porto surgiam as embarcações menores. De Estremoz se exportava algodão. [1] CASAL. Manuel Aires de. Corografia brasílica ou relação histórico-geográfica do Reino do Brazil composta e dedicada a sua majestade

SOBRE A CRIAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ESTREMOZ

  O município de Estremoz   A criação do município de Estremoz que ocorreu em 1758,   conforme alvarás e leis de 6 e 7 de junho de 1755, 8 de maio e 14 de setembro de 1758, quando a então povoação de São Miguel de Guajiru foi elevada à categoria de vila, com a denominação de Vila Nova de Estremoz do Norte.   A instalação ocorreu em 03/05/1760 pelo ouvidor Bernardo Coelho da Gama Casco, especialmente comissionado para transformar em vilas todas as povoações que haviam no Rio Grande do Norte.   Conforme Câmara Cascudo o desembargador Bernardo Coelho da Gama Casco veio cumprir pessoalmente a Real Ordem de expulsar os jesuítas e erguer em Vilas os velhos aldeamentos confiados aqueles padres missionários [1] .   A aldeia de São Miguel do Guajiru foi assim elevada às honras de VILA NOVA DE ESTREMOZ DO NORTE com seu pelourinho e cerimonial devido segundo Câmara Cascudo   no ato de instalação do município ele deu os três vivas rituais ao Rei, mandou chantar o Pelourinho e dirigiu o cer

INAUGURAÇÃO DA NOVA IGREJA DE EXTREMOZ

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             A nova igreja de Extremoz foi inaugura em 1940.Conforme se publicou no jornal A Ordem: “Está definitivamente marcada a benção da nova capela da vila de Extremoz, em substituição ao histórico templo dali ora em ruinas, para o dia 21 do corrente” (A ORDEM, 1940, p.1).                A nova igreja de Extremoz foi construída medindo 23 metros de comprimento por 10 metros de largura. As obras foram iniciadas 1938, sendo que no dia 15 de agosto daquele ano os alicerces já estavam prontos, a construção foi confiada ao senhor João Campos. Segundo o referido jornal a igreja de Estremoz ainda não totalmente concluída “devido a falta de auxílios materiais, esperando, porém, o Revmo. Vigário Pe, Agostinho, continuar a receber óbolos para o termino da obra” (Op. Cit.).          Mesmo inacabada a igreja nova de Extremoz como se viu foi inaugurada naquele ano de 1940.A benção da nova igreja foi dada pelo vigário geral da diocese o monsenhor Alfredo Pegado, tendo sido a ocasião se revesti

SOBRE LENDAS E O ACHAMENTO DO TÚNEL SUBTERRÂNEO NA IGREJA DE EXTREMOZ EM 1915

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        Em matéria publicada no jornal A noite em 1915 se dizia que o antigo convento dos padres jesuítas da vila de Extremoz estava em ruinas (A NOITE, 1915 p.   6). Os padres da Companhia de Jesus data do século XVII e estiveram presente naquela freguesia até o ano de 1759 quando por decreto do Marquês de Pombal todos os jesuítas foram expulsos do Reino de Portugal, um ano depois foi criado o município e a freguesia de Vila Nova de Extremoz [1] .             O complexo de edifícios religiosos erguidos pelos jesuítas constava de uma igreja dedicada a Nossa Senhora do Prazeres e São Miguel, um convento anexo a igreja, que era a residência dos padres, um hospício que à época tinha finalidade diferente do que indica a palavra, era local de pouso de viajantes, espécie de hospital e abrigo para pessoas pobres, havia ainda uma cruzeiro em frente a igreja e entre esta e o cruzeiro uma imensa praça. Tal complexo deu início a vila de Extremoz onde ao redor dessa igreja surgiram as primeiras ca

RELÍQUIA SOBRE A IGREJA DE EXTREMOZ

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           O conhecimento não tem sentido se não é repassado, por isso compartilho com todos os leitores do blog um achado fotográfico raríssimo o qual me causou profunda emoção.Trata-se de uma imagem de um procissão na vila de Extremoz onde é possível vê a igreja ainda em pé e sendo utilizada para a liturgia.A foto foi publicada na revista O Malho em 1923.         A legenda da foto dizia que eram romeiros voltando da Vila de Extremoz onde foram ouvir missa no dia da festa do Santo Padroeiro. Dizia ainda que  “junto a igreja existem as grandes escavações feitas em procura de fantásticas riquezas ali deixada pelos frades holandeses há anos atrás”.Há dois erros no tocante a nacionalidade dos religiosos nessa afirmação.Primeiro que não era holandeses os religiosos que em Extremoz habitavam mas sim padres da Companhia de Jesus, os chamados  jesuítas , que evidentemente não eram frades  e sim padres (sacerdotes).      No entanto há a confirmação das escavações que estavam acontecendo no  co